
119 pessoas já se juntaram à candidatura de Ricardo Bimbo
Leia e assine a Carta Compromisso com as propostas de Ricardo Bimbo para fortalecer a soberania digital, promover o software livre e fortalecer a ciência pública na Setorial de Ciência & Tecnologia/TI do Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras.
Trabalho, Ciência e Tecnologia para um Brasil Soberano: Proposta de Gestão 2026-2030
Compromissos da candidatura de Ricardo Bimbo para o Setorial de Ciência & Tecnologia/Tecnologia da Informação do Partido dos Trabalhadores
Brasília, novembro de 2025
1. A importância dos setoriais do Partido dos Trabalhadores
Conforme o estatuto do PT, os setoriais são instâncias partidárias que organizam os filiados e as filiadas junto aos diferentes movimentos sociais, com três finalidades básicas: 1. motivar a organização partidária; 2. colaborar na elaboração de políticas públicas; e 3. subsidiar a representação institucional do PT nas suas relações com os movimentos sociais, com as bancadas parlamentares e com os governos onde há quadros do Partido.
Ao coordenador de cada setorial nacional é assegurado o direito à voz na reunião do Diretório Nacional do PT, o que representa um espaço essencial para que as demandas dos militantes de Ciência & Tecnologia/TI sejam ouvidas pela cúpula partidária.
2. O que precisamos fazer entre 2026 e 2029 – compromissos de longo prazo
Os setoriais do PT são espaços de articulação política. Um trabalho bem feito exige compromissos sérios de longo prazo. São construções incrementais, baseadas na confiança, nas relações interpessoais, nas entregas de resultados concretos para as lutas dos trabalhadores e das trabalhadoras e no fortalecimento das instâncias partidárias em todos os níveis – nacional, estadual e municipal.
O trabalho que começamos hoje deve mirar objetivos concretos e bem definidos para 2026, para 2027, para 2028, para 2029 e para o pós-Lula, a partir de 2030.
Em 2026, a tarefa é clara: reeleger o Presidente Lula! Também deveremos lutar para fortalecer nossas bancadas parlamentares e aumentar o número de governos estaduais do PT e de nossos aliados e elaborar a contribuição programática para as candidaturas e programas de governo estaduais e nacional.
Em 2027, o setorial, fortalecido pela sua participação ativa e propositiva nas eleições gerais, deverá usar o capital político obtido para fazer valer suas propostas nas políticas de governo que serão adotadas no Governo Lula 4, corrigindo distorções da retomada pós-golpe de 2016.
Em 2028, o foco são os municípios. Prefeitos e vereadores petistas deverão ter todo o suporte das articulações feitas nos últimos anos pelo setorial nacional e setoriais estaduais, assim como de militantes do partido em cargos do poder executivo e do poder legislativo.
Em 2029, o coordenador nacional deve se comprometer com a alternância de poder no setorial, tendo compromisso de que não disputará a reeleição e colaborará de maneira imparcial para a eleição de uma nova coordenação setorial nacional que busque a renovação geracional e a representação da diversidade.
3. Metodologia do trabalho
3.1. Ações internas ao setorial
3.1.1. Criar um Conselho Consultivo Permanente do Setorial composto por trabalhadoras e trabalhadores do conhecimento (docentes, pesquisadores, técnicos, gestores etc.) para participar regularmente do acompanhamento das políticas de C&T e TI;
3.1.2. Instituir Fóruns Temáticos Intersetoriais reunindo representantes do Setorial de C&T e TI com outros setoriais do partido (saúde, educação, meio ambiente, comunicação etc.) para conceber agendas integradas e programáticas;
3.1.3. Mapear e Capacitar Atores Sociais Emergentes no âmbito de movimentos sociais, coletivos e comunidades com potencial e oferecer programas de capacitação e apoio para que possam influenciar as políticas de C&T e TI;
3.1.4. Promover Consultas Públicas e Oficinas Participativas com trabalhadores do conhecimento e movimentos sociais, favorecendo a ampla escuta e a participação no processo decisório;
3.1.5. Construir um Observatório de Demandas Tecnocientíficas orientado a estruturar um sistema para coletar, analisar e priorizar demandas tecnocientíficas embutidas em necessidades da sociedade e das redes de produção e consumo solidárias e privadas, traduzindo-as em propostas de política de C&T e TI alinhadas aos princípios do partido.
3.1.6. (Por fim, é consenso entre o setorial e seus integrantes que devemos) atuar para transformar o setorial em uma secretaria do partido, consolidando sua relevância política e organizativa.
3.2. Ações externas ao setorial
- Atuar fortemente no relacionamento e articulação política com parlamentares, governos, movimentos sociais e instâncias internacionais, inserindo o debate da soberania digital, científica e tecnológica no âmbito do BRICS e do Sul Global.
- Fortalecer a comunicação do Setorial com o partido e com a sociedade, ampliando presença em redes digitais.
- Criar campanhas que mostrem que a soberania digital é tão essencial quanto a soberania energética ou alimentar, traduzindo a tecnopolítica em pautas da vida cotidiana.
4. Principais temas de luta
O Brasil enfrenta uma tríplice crise que compromete sua soberania digital, científica e tecnológica. A primeira dimensão é a dominação das Big Techs, que impõem um colonialismo de dados, ameaçam a democracia por meio da manipulação de narrativas e concentram poder econômico e informacional. A segunda é continuar a atuar e superar o desmonte da ciência nacional após o golpe de 2016, com cortes em CNPq, CAPES e universidades, provocando a fuga de cérebros e ataques à educação pública, enfraquecendo a formação crítica e científica, cujos danos à sociedade brasileira não foram totalmente sanados. A terceira crise decorre da economia de plataformas, marcada pela precarização do trabalho, com empresas como Uber e iFood promovendo a falsa ideia de empreendedorismo, negando direitos e submetendo trabalhadores a algoritmos opacos, além de reforçar a dependência internacional.
Para enfrentar esses desafios, propõem-se princípios orientadores. A regulação das Big Techs é essencial, com uma lei inspirada em modelos internacionais, acesso aos algoritmos, fiscalização do CADE contra abusos de mercado, tributação justa sobre faturamento digital e fortalecimento da ANPD. É necessário debater a política federal de datacenters, garantindo controle tecnológico e não apenas infraestrutura física.
A soberania informacional exige enfrentamento à influência externa das plataformas, com regulação do REDATA, incentivo ao uso, difusão e desenvolvimento de software e hardware livres, redes públicas de qualidade e ferramentas para combater deepfakes e manipulações eleitorais.
A construção de ecossistemas de inovação solidária passa pelo apoio à pesquisa em universidades e centros tecnológicos, democratização do orçamento de C&T via FNDCT, FINEP e equivalentes estaduais, com cotas para pequenos empreendimentos, editais simplificados e compras públicas fracionadas. O incentivo ao software livre e à tecnologia aberta deve estar articulado ao desenvolvimento regional e à economia popular.
No campo do trabalho, é urgente combater a uberização e a pejotização, garantir direitos trabalhistas, promover cooperativas de plataforma, apoiar sindicatos e assegurar transparência algorítmica. A escala 6×1 deve ser abolida, priorizando jornadas saudáveis e equilibradas. A economia digital deve incluir programas de recuperação de empregos e fomento à inovação com foco no interesse público.
O desenvolvimento social e democrático requer políticas públicas centradas na ciência e tecnologia, com letramento digital, combate à desinformação, inclusão digital universal, acessibilidade plena e soluções tecnológicas voltadas ao bem comum, especialmente para movimentos sociais.
Por fim, é fundamental reconstruir a estrutura estatal de ciência e tecnologia, com orçamento adequado, valorização das empresas públicas estratégicas (SERPRO, DATAPREV, BBTS), defesa das estatais e instituições como EMBRAPA, FIOCRUZ, INPE e CEITEC, financiamento em áreas estratégicas como IA, biotecnologia e tecnologias verdes, criação de carreiras públicas estáveis para pesquisadores e garantia de direitos trabalhistas para todos os envolvidos em inovação.
6. Perfil do candidato
Ricardo Bimbo é desenvolvedor de software com especialização em gestão e administração pública. Foi Coordenador Técnico do Governo Digital da Cidade de São Paulo, atuou no Ministério do Planejamento como Coordenador-Adjunto de Governo Eletrônico, no Instituto Nacional de Tecnologia da Informação da Presidência da República (ITI) à frente do Comitê de Implementação de Software Livre e na Gerência Executiva de Software Livre e Desenvolvimento de Software da Cobra Tecnologia (atualmente BB Tecnologia e Serviços). Possui mais de 20 anos de experiência no setor privado em funções de gestão e de direção em empresas de tecnologia. Assumiu o Setorial de C&T/TI há pouco mais de um ano, em junho de 2024, como mandato-tampão após o afastamento voluntário do antigo coordenador eleito.
7. O que foi feito no mandato interino (junho/24 – novembro/25)
- Reorganização virtual da coordenação: retomada das reuniões da Coordenação Nacional sempre com convocação ampliada para as coordenações estaduais;
- Reestabelecimento do contato e das atividades políticas junto à Secretaria Nacional de Movimentos Populares e demais setoriais do partido;
- Presença e manifestação nas reuniões do Diretório Nacional.
- Defesa das estatais: o setorial acompanhou e participou ativamente das pautas dos trabalhadores do SERPRO, da DATAPREV, BBTS e junto aos sindicatos e Fenadados;
- Acompanhamento parlamentar: articulação e acompanhamento das audiências públicas referente à pauta etarista do SERPRO e contra a privatização da CELEPAR; articulação junto à liderança do Senado e presença nas audiências para o acompanhamento do PL2338/23 sobre Inteligência Artificial. Reuniões com parlamentares e dirigentes do PT referentes às pautas de IA, soberania e defesa das empresas de informática pública;
- Realinhamento estratégico com os NAPPs de Ciência e Tecnologia e de Tecnologia da Informação da Fundação Perseu Abramo;
- Eleições municipais: apoio com políticas e diretrizes do Partido e da FPA para as campanhas municipais (prefeitos e vereadores);
- Promoção do debate com o ex-Ministro-Chefe da Casa Civil José Dirceu sobre Soberania Digital;
- Acompanhamento das atividades do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial);-
- Participação em todas as reuniões do Conselho da República (Conselhão);
- Reunião com o presidente eleito do PT Edinho Silva sobre as expectativas e ações para o Setorial;
- Abertura do debate com a Secretaria Nacional de Finanças para pleitear recursos do fundo eleitoral para candidatos alinhados às políticas do setorial e ao debate de C&T;
- Organização de 18 encontros estaduais do setorial.
Subscrevem este documento:
- 1. Anderson Fasolin — Eleito para a coordenação do Setorial do PR
- 3. Bruno Barros — Eleito para a coordenação do Setorial do RJ
- 5. Célio Paulo — Coordenador eleito do Setorial do DF e integrante da coordenação nacional
- 7. Cezar Alvarez — Ex-coordenador no NAPP TIC da Fundação Perseu Abramo
- 9. Deivi Lopes Kuhn — Coordenador do Setorial do DF
- 11. Doralvino Sena — Integrante eleito da coordenação do Setorial do DF
- 13. Emerson Saito — Membro da coordenação nacional do Setorial
- 15. Isabella de Melo Morira — Coordenadora eleita do Setorial da Bahia
- 17. João Paulo Farina — Ex-Secretário Nacional da JPT e membro do Diretório Estadual do PT-RS
- 19. José Antônio Dias Tavares — Membro do Conselho Fiscal da ASL.Org e do Coletivo PT-RS
- 21. Josef Thome El Hader — Coordenador eleito do Setorial do RJ
- 23. Karinne Tavares dos Santos — Eleita para integrar a coordenação do Setorial de SC
- 25. Lia Ribeiro — Membro do NAPP TIC da Fundação Perseu Abramo e do Setorial de SP
- 27. Luiz Guilherme Vieira dos Santos — Coordenador eleito do Setorial de SC
- 29. Luiz Sérgio Canário — Coordenador eleito do Setorial de SP e integrante da coordenação nacional
- 31. Nelson Fujimoto — Coordenador do NAPP TIC da Fundação Perseu Abramo
- 33. Rafael Rubem Ferreira — Eleito para a coordenação do Setorial do DF
- 35. Reinaldo Soares — Eleito Coordenador do Setorial de PE
- 37. Rodrigo Dilelio — Membro do NAPP TIC e Presidente Municipal do PT de Porto Alegre
- 39. Rogério Mamão Gouveia — Coordenador do Setorial de MG
- 41. Sady Jacques — Coordenador-Geral da ASL e membro da coordenação nacional
- 43. Sérgio Almeida — Coordenador eleito do Setorial de MG
- 45. Silvio Spinella — Integrante da coordenação do Setorial de SP
- 47. Valessio Soares de Brito — Coordenador eleito do Setorial da Bahia
- 49. Walter Célio de Almeida — Integrante das coordenações nacional e estadual (DF)
- 2. Anuar Correa de Melo — Reeleito para a coordenação do Setorial do RS
- 4. Carlos Alberto Valadares (Gandola) — Integrante da coordenação nacional e Presidente da FENADADOS
- 6. Celso Pansera — Integrante do NAPP de C&T da Fundação Perseu Abramo
- 8. Conceição Martins Costa — Coordenadora reeleita do Setorial do AM
- 10. Dilson Santos — Coordenador reeleito do Setorial da Bahia
- 12. Elton João Santos da Silva Junior — Coordenador do Setorial do RJ
- 14. Flávio Acerga — Integrante da coordenação do Setorial do PR
- 16. João Cassino — Coordenador do Setorial de SP e integrante dos NAPPs de C&T e TI da Fundação Perseu Abramo
- 18. João Pedro Barros — Coordenador eleito do Setorial do Piauí
- 20. José Renezito Souza Junior — Coordenador do Setorial do Ceará
- 22. Karinna Bueno — Eleita para integrar a coordenação do Setorial do PR
- 24. Kleber Pereira do Santos — Membro da coordenação do Setorial do DF
- 26. Luiz Antônio Elias — Coordenador do NAPP de C&T da Fundação Perseu Abramo
- 28. Luiz Roberto Vieira — Ex-coordenador nacional do Setorial
- 30. Marcos Mazoni — Integrante do NAPP de TI da Fundação Perseu Abramo
- 32. Pedro Abder — Coordenador do Setorial de MG
- 34. Raoni Huapaya — Coordenador eleito do Setorial do Espírito Santo
- 36. Ricardo Fritsch — Coordenador adjunto da ASL e membro da coordenação do RS
- 38. Rogério Alves — Coordenador eleito do Setorial do RS
- 40. Ruinaldo Lopes de Souza — Coordenador eleito do Setorial do Ceará
- 42. Sarah Vale — Integrante dos NAPPs de C&T e TI da Fundação Perseu Abramo
- 44. Sérgio Amadeu da Silveira — Professor da UFABC e referência na área de democracia digital e cultura livre
- 46. Socorro Lago — Coordenadora reeleita do Setorial do Maranhão e integrante da coordenação nacional
- 48. Verena Hitner Barros — Integrante do NAPP de C&T da Fundação Perseu Abramo
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